SEEBF/PI lança no Piauí a Campanha Banco Para Todos que denuncia o fechamento de agências

Com o objetivo de chamar atenção e denunciar os problemas causados pelo fechamento de agências bancárias em todo o país, a Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançou a campanha Banco Para Todos, com manifestações  em todo o país nessa quarta-feira (28/06). Em Teresina, o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI) realizou protesto em frente a agência da Caixa Econômica Federal na Praça Rio, no centro da cidade.

Os diretores e diretoras do SEEBF/PI dialogaram com a população alertando para as consequências do fechamento de agências bancárias, que causa demissões, sobrecarrega os funcionários e prejudica o atendimento à população.

O presidente do SEEBF/PI, Odaly Medeiros, ressaltou que apesar da mudança na gestão do país, ainda há um grande trabalho de reconstrução de vários setores, superando desafios que ainda se impõem à sociedade.

“Os bancários estão nas ruas dialogando com a sociedade sobre um trabalho permanente para melhorar o país. O presidente Lula recebeu um país esfacelado em todos os setores, e tem buscado reconstruir o país, e isso passa pelos movimentos sociais, sindicais e sociedade. Já vemos melhorias na inflação, no preço dos combustíveis, na cesta básica, na perspectiva do PIB. Mas ainda há questões que impedem o desenvolvimento do país, como a política de juros do Banco Central que só favorece os grandes banqueiros e rentistas. Esse movimento luta também pela baixa dos Juros, geração de empregos, combate a fome e fortalecimento da classe trabalhadora” disse Odaly Medeiros.

O vice-presidente do SEEBF/PI, Gilberto Soares, destacou que a defesa dos direitos dos trabalhadores bancários e contra fechamento de agências é uma pauta permanente.

“Os trabalhadores bancários têm um alto nível de adoecimento e a realidade são agências com a quantidade de bancários e bancárias insuficiente para atender a população. Há o sucateamento com agências sem funcionários disponíveis para atendimento bancário, e muitos bancários afastados por adoecimento mental. Cobramos dos bancos mais contratação, mais respeito aos clientes e usuários e somos contra as demissões, contra o adoecimento e repudiamos o assédio moral e sexual”, afirmou Gilberto.

A diretora do Sindicato dos Bancários do Piauí, Glória Araújo, frisou que apesar de estarmos em uma gestão federal mais alinhada à classe trabalhadora, essa manifestação é um movimento necessário.

“Embora estejamos com um governo que está ao lado do trabalhador e da trabalhadora, a gente não pode fugir à luta. O que aconteceu nos bancos públicos ao longo desses últimos anos foi um achatamento, principalmente em relação à quantidade de empregados. O que reivindicamos é a contratação de mais empregados para dá um melhor atendimento à população”, disse Glória.

A diretora do SEEBF/PI, Francisca de Assis, enfatizou a importância do diálogo direto com a população levando informações que a grande mídia não informa, e defendeu a importância dos serviços públicos.

“Nós só temos as praças, as portas das agências, os mercados públicos, as populações transeuntes para mostrar à sociedade a importância de um Governo que se preocupa com a população. Nossa luta é permanente porque a população precisa compreender essas informações e nós precisamos ter a clareza política de que somos representantes das pessoas, precisamos defender as pessoas, os serviços públicos e o compromisso público com todas as pessoas do país”, concluiu De Assis.