Bancos frustram primeira rodada de negociação e bancários farão mobilização no dia 05/07 em todo o país; próxima rodada será no dia 12

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Bancos frustram primeira rodada de negociação e bancários farão mobilização no dia 05/07 em todo o país; próxima rodada será no dia 12

28/06/2018 Gilson Alves Rocha Nacionais

Diante de um Comando Nacional dos Bancários que se deslocou de todo o Brasil até São Paulo para a primeira rodada de negociação da Campanha 2018, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) frustrou os debates nesta quinta-feira (28).
O presidente do Sindicato dos B ancários do Piauí, Arimatéa Passos, acompanhou a reunião e lamentou o impasse. “A mesa frustrou todos nós, de 10h as 14h. Foi uma mesa de conversas longas e sem avanço nenhum. Até parece que a minuta que foi entregue no dia 13/06 não foi vista como deveria. Até pareceu que os patrões estão apostando na nossa capacidade de mobilização ou não, bem como na nova Lei Trabalhista que retira muitos direitos e principalmente no desgaste dos trabalhadores”, avalia.
Ele revela que como os bancários são uma categoria de força e luta, vai marchar mais unida, coerente e mais firme , tendo inclusive  vários direitos conquistados ao longo de 20 anos de negociação coletiva numa mesa unificada e negociação específica em várias mesas públicas. “Foi uma negociação que não avançou em nada; não criou expecatativa nenhuma e apenas evasivas, mas isso vai mostrar que a categoria vai para cima, como mais força porque é preciso lutar”, acrescenta o sindicalista. 
“Viemos para a mesa com disposição total de negociação e a expectativa de sair com um pré-acordo assinado, garantindo os direitos dos trabalhadores, como vales refeição, alimentação, auxílio-creche/babá, mas isso foi frustrado pela postura dos bancos que não deram resposta nenhuma ao assunto”, critica a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.
A dirigente destacou que, em anos anteriores, o pré-acordo que garantia a ultratividade sempre foi respeitado. Ele foi apresentado à Fenaban no dia da entrega da pauta, em 13 de junho. “Este ano sequer garantiram que isso será feito na próxima negociação. Reforçamos que essa é uma prioridade dos bancários”.
A atual CCT e os direitos nela previstos têm validade somente até 31 de agosto, já que a data base da categoria é 1º de setembro. Por isso, a ultratividade é uma prioridade para a categoria, principalmente diante da vigência da legislação trabalhista do pós-golpe que autoriza a retirada de direitos. A lei 13.467, de novembro de 2017, foi gestada e aprovada pelos empresários, dentre eles os bancos.
“Essa primeira rodada de negociação só confirmou a importância da mobilização dos bancários na defesa da CCT e da mesa única de negociação”, avalia. “Queremos negociação com seriedade. Nossa CCT está em risco, assim como todos os direitos da categoria, inclusive nossa PLR e a mesa unificada nacional entre bancos públicos e privados”, alertou a dirigente.

De janeiro a maio de 2017, foram 13.665 acordos e 1.985 convenções. Esse ano, com a mudança na lei, no mesmo período foram 3.782 (menos 72%) acordos e 327 convenções no país (menos 84%), segundo dados do Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O Comando apresentou uma proposta de calendário com datas para as próximas rodadas de negociação, mas os bancos marcaram somente para 12 de julho pela manhã, diante de dificuldades colocadas pela agenda dos negociadores.
 “Deixamos com eles nossa proposta para que avaliem um calendário e reafirmamos nossa disposição de negociar”, reforçou Juvandia.
Os bancários devem estar preparados para a luta que será ainda mais fundamental na Campanha 2018.
 Na quinta-feira (5), será realizado Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos. E em 11 de julho Dia Nacional de Luta em Defesa da CCT e dos direitos da categoria. Os bancários devem usar #TodosPelosDireitos e #AssinaFenaban para ajudar a pressionar os bancos também pelas redes sociais.
O presidente do SEEBF-PI informou ainda que será intensificada a visita às agências bancárias, capital e interior, até mesmo para mobilizar mais a categoria e informar sobre o que está acontecendo.



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