Nos dias 17 e 18 de maio, aconteceu no Novotel Rio de Janeiro/Porto Atlântico, no Santo Cristo, o XIX Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão). Com apoio da APCEF/RJ e da Fenae, o evento que contou com a participação de mais de 300 pessoas, abordou questões e debates importantes sobre a necessidade de defesa dos fundos de pensão das empresas estatais.

Entre os temas abordados estavam reforma da previdência, sustentabilidade financeira dos fundos de pensão, equacionamento, fiscalização e gestão dos fundos, a ação do estado e sistema de previdência complementar fechado.  Estiveram presentes nos dois dias do evento o presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti e os diretores Sergio Amorim, Heitor Menegale e Arrizon Olinto. Fabiana Mateus, diretora Administração e Finanças também participou do primeiro dia representando a Federação.

Na abertura, o presidente da Anapar reforçou o objetivo da Associação, e o porquê do convite a tais ilustres palestrantes, pontuando, a partir dos temas escolhidos para os painéis e debates, o que é, e o futuro para os participantes de fundos de pensão. "A ANAPAR nasceu da necessidade de unificar a luta de todos os participantes dos fundos de pensão brasileiros, ativos e aposentados, tantos dos fundos fechados ou abertos, patrocinados ou não por empresas públicas ou privadas, ou pelos governos federal, estadual e municipal", disse Antônio Bráulio de Carvalho, presidente da Associação.

O professor da PUC/SP e economista, Ladislau Dowbor, abriu a sessão de palestras falando sobre "Capital improdutivo e seus impactos para os fundos de pensão", destacou que na atual economia fazer aplicações financeiras rende mais do que o investimento em bens e serviços, e o resultado é justamente o capital improdutivo e o travamento da economia como um todo. A massificação da mídia foi um dos pontos que segundo o professor, foi dominante na leitura dos promotores do golpe r "constitui um engodo ideológico, promovendo capital improdutivo".

Beto Almeida, jornalista e diretor da Telesur, criticou a não democratização das concessões de Comunicação, o estado está se diluindo frente às privatizações, e que é necessário é unidade, palavra citada como ferramenta para toda a sociedade brasileira, frente a um desgoverno que vende o patrimônio nacional, e proferiu a palestra "Capital da notícia e a demolição do estado", citando uma das questões sobre a privatização da previdência apontando a instituição é superavitária em R$2 trilhões. Almeida disse também que "devemos promover medidas adequadas para reverter o processo midiático e democratizar a comunicação nas tevês", afirmou.

Já no segundo painel, os juristas Fábio Junqueira de Carvalho e Wagner Balera, palestraram sobre "Fiscalização ou gestão dos fundos de pensão pelo Estado? ”. Após intervalo do almoço, teve início o terceiro painel sobre "Investimentos no setor produtivo, oportunidades, riscos e controles", proferida por Guilherme Benites, sócio da empresa Aditus, que comparou a evolução indicando desde os produtos CDs aos pen drives, alertando sobre a necessidade de cuidados nos investimentos em ações hoje e amanhã.

Na sequência, Marvel Juviniano Barros proferiu a palestra sobre "Sustentabilidade dos Investimentos dos Fundos de Pensão". Juviniano, ex-diretor executivo da PREVI - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil que está entre os maiores fundos de pensão da América Latina, criticou a voracidade de rapina externa, e alertou para que os participantes de fundos de pensão atentem para outras informações que não as emitidas por jornais de grande circulação, indicando que, para ter certeza dos números da PREVI vale entrar no site da Previdência do Banco do Brasil que são transparentes e mostra lucros e pagamentos de dividendos.

Um dos mais aplaudidos, Leonardo Sávio de Matos Silva, Consultor e Editor instalado no Distrito Federal, deu uma aula convincente sobre "Sustentabilidade Financeira dos Participantes", tema que abordou com tal desenvoltura que levou às pessoas a identificar que o mais precioso dos investimentos e o dia a dia, era conseguir mais tempo, ou seja, ter mais tempo para si, para a família, para o dia a dia dos participantes. "Esta é a verdadeira sustentabilidade financeira para os participantes", disse.

No segundo dia, o evento contou com a presença de Silvio Renato Rangel Silveira Fundação Itaipu de Previdência (Fibra) e de Claudia Ricaldoni, vice-presidente da Anapar e representante dos participantes e assistidos no CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar), que encerrou o XIX Congresso da Anapar afirmando que as ações para o país 'concentrado', atento às necessidades da população brasileira, invocando a Constituição Federal, “deve ser a partir de atitudes contundentes da sociedade civil e inviabilizar este governo que aí está”. Conclamou Ricaldoni.

O presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti, disse que “é de suma importância que eventos como esse sejam realizados para levar mais conhecimentos e esclarecimentos aos participantes e assistidos dos Fundos de Pensão. Na Caixa temos empregados ligados à Funcef e à Prevhab que estão amedrontados com a atual situação promovida pelo governo Temer. Em nome da APCEF/RJ parabenizo Presidente da Anapar, Antônio Bráulio de Carvalho, pelo nível dos palestrantes e pelo evento como um todo”, disse.

 

 



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