Empregados da Caixa Econômica Federal em todo o país realizaram na última quarta-feira (03/08) o Dia Nacional de Luta pela Caixa 100% pública, por contratação e contra a retirada de direitos, com manifestações e retardamento da abertura de agências, para cobrar respeito da direção do banco. No Piauí – onde havia mais de 1000 empregados distribuídos em 46 agências, hoje tem apenas 956 empregados – as agências Areolino de Abreu e Da Costa e Silva (Teresina), retardaram a abertura em uma hora. Diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) realizaram manifestações nas agências Conselheiro Saraiva e Da Costa e Silva, esclarecendo para funcionários e clientes as ameaças que o banco, enquanto instituição pública, vem sofrendo e os direitos dos empregados que estão ameaçados.

 A diretora sindical Francisca de Assis, alerta para a real situação, denunciando medidas tomadas pela direção da Caixa que ferem direitos trabalhistas e pioram as condições de trabalho e atendimento. “As horas extras foram reduzidas e os gestores estão sendo monitorados para reduzir, inclusive sendo pontuados por não cumprirem as metas de redução. Nas funções de confiança, a Caixa não está permitindo que os gestores coloquem outros empregados para ocupar a função que existia. A pessoa se aposenta, a Caixa apaga a função no sistema e o gestor não pode colocar outro no lugar. No Piauí se aposentaram mais de cem pessoas, nos últimos dois anos e a Caixa não contratou ninguém para ocupar esses lugares. As condições de trabalho ficando cada vez mais difíceis e os clientes padecem com atendimento ruim pela falta de empregados”, disse De Assis.

As manifestações marcam a luta em prol de condições dignas de trabalho e mais contratações de empregados. “Desde o período em que foi divulgada a reestruturação da Caixa, saem funcionários, aumenta a carga horária de trabalho, adoece os empregados, falta estrutura, um ambiente de trabalho muito tenso, muito hostil”, afirma Luana Cardoso, caixa da agência Conselheiro Saraiva. A gerente de relacionamento, Marina Vale, comenta que os funcionários trabalham no limite. “Hoje o que a Caixa quer é diminuir drasticamente os gastos com pessoal, aumentando a carga de trabalho. Em termos de produtividade, creio que os empregados já produzem pelo menos o triplo do que um empregado produziria. Ninguém consegue trabalhar somente seis horas” diz Marina.

A gerente questiona sobre o fim das horas extras em relação ao volume diário de serviço. “Como é que não faz hora extra se tem cliente dentro da agência? Se tem serviço para ser concluído após o fechamento da agência? A gente não sabe o quê que faz. A tendência, com a privatização de metade da empresa, é isso piorar”, diz.

Durante a visita na agência Da Costa e Silva os diretores sindicais constataram as condições de trabalho no local que está passando por reforma para climatização elétrica e civil. Segundo informado, a obra que começou em 18 de julho tem prazo de 70 dias para conclusão. O Sindicato dos Bancários ficará vigilante para a conclusão da obra e as condições de trabalho para os empregados ao longo da reforma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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