Bancários e bancárias de todo o país realizaram nesta quarta-feira, 31 de maio, manifestações pelo Dia Nacional de Luta. No Rio de Janeiro a atividade foi realizada no bairro de Botafogo, Zona Sul da cidade, na agência 227, que fica na Rua Voluntários da Pátria, 225. 

Dirigentes sindicais protestaram contra a extinção de agências e as demissões no banco, o segundo mais lucrativo do setor privado no sistema financeiro nacional. Foram colhidas ainda assinaturas para o abaixo-assinado organizado pelo Sindicato para exigir o direito dos clientes e usuários de terem acesso aos caixas presenciais nas unidades, o que tem sido negado pelo Bradesco.  

"Vamos continuar denunciando a prática do Bradesco que reduz drasticamente o número de agências físicas, demite trabalhadores e tenta empurrar a população para as plataformas digitais, cerceando o direito do consumidor de escolher os canais de atendimento de sua preferência", disse Leuver Ludolff, diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados). O sindicalista criticou ainda as metas abusivas que adoecem os funcionários, física e emocionalmente. 

"A pressão e o assédio moral no banco só aumentam. São metas desumanas que estão adoecendo a categoria. As doenças psíquicas já respondem por pelo menos a metade dos casos de licença médica segundo números oficiais do INSS", acrescentou. 

Pela manhã, houve um tuitaço com a hashtag #AVergonhaContinuaBradesco que esteve entre os temas mais comentados das redes sociais. 

Precarização do trabalho 

A presidenta da Federa RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro) e diretora do Departamento Jurídico do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, falou dos impactos das novas tecnologias e da reforma trabalhista no emprego bancário. 

"Vivemos uma reestruturação produtiva intensa em função dos avanços tecnológicos, permitindo que as pessoas façam operações financeiras no seu celular. No entanto, estamos vendo a extinção de postos de trabalho e a precarização ainda maior do trabalho na categoria, agravada pela reforma trabalhista que permitiu a terceirização das atividades-fim e a pejotização. Cresce o número de trabalhadores que prestam serviços aos bancos, mas não estão protegidos pelas garantias e direitos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho", disse. "Vamos continuar lutando por emprego decente para os trabalhadores e trabalhadoras e cobrar responsabilidade social do sistema financeiro", concluiu Adriana. 



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